AIS: «Ninguém nos visita»
Na história deste país assombrado pela guerra, há uma cidade que parece ser hoje terra de ninguém, como se fosse um lugar fantasma. Em Manono vivem pessoas que estão como que exiladas na própria terra. A pobreza é chocante e interpela-nos. É preciso fazer alguma coisa…
Christine du Coudray, chefe de departamento de projectos da Fundação AIS, visitou a República Democrática do Congo e ainda está em estado de choque. Neste país, as marcas da guerra estão por todo o lado, como se fossem um aviso, uma ameaça. A violência, nesta região de África, é uma história antiga. Na base de tudo está a riqueza imensa do subsolo e as profundas rivalidades étnicas. Nos últimos vinte anos morreram mais de cinco milhões de pessoas neste país por causa da guerra.