O que tira o pecado do mundo

Liturgia 18 janeiro 2020  •  Tempo de Leitura: 1

O que foi indevidamente inserido tinha de ser definitivamente retirado. Alguém tinha de o fazer. Pôr as mãos na massa. Dar a vida por essa causa. Ser o servo desta empreitada. Arcar com a mortífera cruz. Retirar, até desenraizar desta terra, o que nela nunca deveria ter sido semeado. Reduzir a cinzas o elemento perturbador.

 

Não se repita que este mundo não tem remédio, pois tais palavras nascem de uma terra contaminada. Não sei se diga, de novo, que já não vale a pena, é um caso perdido, está condenado ao fogo eterno. O autor de tais palavras é um guia cego que desconhece a obra d’Aquele que veio para remover o pecado do mundo. Que ninguém se atreva a olhar para o horizonte sem esperança como se o indevido não tivesse já sido definitivamente vencido. 

 

Então, Senhor, faz que os nossos pensamentos deixem de pensar no que foi inserido indevidamente. Voltados para Ti, agraciados por sonhos nascidos de um coração pensante, possamos nós experimentar a liberdade de homens e mulheres a quem lhes foram retiradas as antigas correntes da escravidão.

 

E se tais pensamentos baterem de novo à nossa porta, como fantasmas enlouquecidos que procuram abrigo, podemos até passar-lhes a mão pelas costas e dizer-lhes mansamente que «já não há lugar para eles nesta terra. Ide dar um passeio, pois Aquele que veio para remover o que nunca deveria ter sido inserido, habita em mim».

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