XXIV TC: «…quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas ...»

Liturgia 15 setembro 2018  •  Tempo de Leitura: 4

Resistência…
é preciso ser forte e resistir aos ventos contrários que ameaçam a nossa jornada sobre a terra.
Saberemos o que nos espera? Saberemos o que a vida quer (realmente) de cada um de nós?
Estaremos com as melhores atitudes? Com os gestos certos? Com as palavras no tempo preciso?
É urgente transparecer a “Resistência” que habita em nós!
É mais que evidente que o mundo quer-nos, mas Deus quer-nos ainda mais!
É essencial ser, aceitar, querer e viver naquele jeito simples e humilde,
sem grandes aparatos, nem grandes brilhos… sem redes sociais, sem blogs, sem status, quase sem vida…
mas com um Amor gratuito e honesto que resiste ao mal e nos aceita como somos!

 

A excelência das palavras do profeta Isaías (aquele que definiu minuciosamente o Messias)
“vêem ao nosso auxílio e não podemos resistir nem recuar um passo” pois somos: Baptizados e Filhos do Deus vivo.
A vida por Cristo, em Cristo e para Cristo é assim: hoje, rei adorado… amanhã, servo e escravo.
É preciso aprender a dar cor e forma àquilo que se escuta, àquilo que o Pai nos pede:
«Apresentei as costas àqueles que me batiam e
a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.»
Palavras árduas, ocas, sem sentido… que nos deixam sem força… que nos fazem cair, muitas mais vezes do que três!
e aqui… nestas trevas que nos envolvem na omissão da resistência, somos resgatados por S. Tiago:
«Mostra-me a tua fé sem obras, que eu, pelas obras, te mostrarei a minha fé.»

 

A Liturgia do 24º domingo do Tempo Comum, do ano B,
é uma resistente forma de vivermos como se vive, hoje, no século XXI.
Quem quer sofrer? Quem permite que alguém o ataque verbalmente, quanto mais fisicamente?
Nem eu nem tu! “Cruzes… quem quer isso?
Quando a maldade da palavra espeta-nos na carne uma simbólica dúvida que faz sangrar a nossa alma,
o que poderia ser apenas um floco de neve, transforma-se numa avalanche!
No entanto, não há quem saiba responder à interpelação do Mestre: «Quem dizem os homens que Eu sou?».
Como podemos saber quem é Jesus, se não nos tocamos uns aos outros com amor e com carinho?
Não somos capazes de ignorar o mal, nem de oferecer o beijo, àquele que atira a pedra.
Assim, humanos tolos e incapazes de «… compreender as coisas de Deus, mas só as dos homens»
juntamo-nos ao lado que ataca. E… muito magoados, vamos magoar os outros… L
Hoje, ser forte e valente é estar na mó de cima e não levar para casa uma repreensão nem um pequenino pinicão!
As relações humanas não se alimentam da concórdia, nem do perdão, nem do entendimento mútuo…
Não há segunda oportunidade para o outro, mas queremos a terceira e quarta oportunidade para nós.
Queremos viver muito… ser imortais até, mas que o exemplo do Cristo não seja exemplo em nós.
Não sou Jesus para carregar a cruz!” dizemos com desprezo.

 

«Justo e compassivo é o Senhor, o nosso Deus é misericordioso. (…)estava sem forças e o Senhor salvou-me.»
Mote que nos acalma perante as nossas faltas. Que bom seria se o vivêssemos ao invés de pedirmos
para que alguém nos tolere, nos ature, nos acolha, nos ame… alguém que até nos carregue, como cruz!
Que triste esta falta de Fé, de obras, de “rosto duro”e de coerência com o que dizemos e somos…
Que falta de resistência em DEUS!

 

E tu? Já sabes quem é Jesus na tua vida? Não resistas a este Senhor que te salva…
Sê da resistência Divina neste mundo que leva estavida… sê LUZ e ergue a tua cruz!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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