DOMINGO DE PÁSCOA

Liturgia 1 abril 2018  •  Tempo de Leitura: 4

Haverá algo que nos preencha o coração mais do que algo novo?
Um casaco novo, um perfume novo, uma jóia nova, um carro novo, uma casa nova…
Faz-nos vibrar, faz-nos caminhar, faz-nos sonhar, faz-nos viver!
A Felicidade bate à porta e deslumbra-nos com estes bens efémeros e visíveis
que nos satisfazem a visão, o tacto, o olfacto, a audição e o gosto.
Ficamos como balões repletos de hélio e cor e como estamos felizes… oferecemos sorrisos.
Apressadamente, saímos para a rua e ambicionamos que o mundo inteiro repare em nós!
É aqui… é neste momento que trocamos palavras doces e queremos prolongá-lo eternamente!


Tudo para todos… porque temos algo novo!


Jesus deveria Ser o único “Algo Novo” capaz de nos provocar esta sensação!
É do Peito do Cristo que jorra a água viva com uma força arrebatadora
para que «…quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados.»
Este alívio de vivermos ao sabor de um Deus tão bom, tão intenso, que nos perdoa sempre,
que nos ama de uma forma tão Divina, que nem entendemos, nem conseguimos imitar e
quando «A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular.»
sabemos que «Tudo isto veio do Senhor: e é admirável aos nossos olhos.»
Hoje, no DIA em que celebramos a SUA RESSURREIÇÃO, a Sua vitória sobre a morte,
temos de encher o nosso peito de ar, temos de agarrar a oportunidade de SER SINO, temos de:


«…aspirai às coisas do alto, onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus.» e precisamos de:
«Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.»


Hoje, a Liturgia do Domingo de Páscoa é como uma lufada de ar fresco num dia de calor intenso no pico do Verão!
É a certeza de que muitos viveram com o Messias e viram e sentiram e reconheceram a força do AMOR de Deus
nas «ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.»


Hoje, com a Tua Ressurreição nas minhas mãos, queria tanto ser enrolado à parte…
Enrolado numa Esperança de que Tu viesTe, Tu trouxesTe Paz, Tu derrotasTe o Pecado!
Eu quero acordar inquieto deste sonho belo e profundo, com uma Esperança infinita
de que despertei numa realidade que deve ser vivida por mim e por todos.
A Tua Cruz vazia e sombria é guia e luz no caminho que a Tua Páscoa nos dá para seguirmos!


Quantos já correram ao seu alcance e A deixaram cair?
Quantos já tentaram carregá-La e, desalentados, abandonaram-Na à beira da estrada?
Dá-nos, Oh! Senhor da Vida a coragem, a Fé, a sabedoria,
a capacidade de corrermos até ao coração do irmão, que desconhecemos, para Te erguermos!


Dá-nos a liberdade de nos abandonarmos no Teu regaço e «entendermos a Escritura»
sem Te vermos, sem Te cheirarmos, sem Te ouvirmos, sem Te saborearmos e sem Te tocarmos…


Que a nossa VIDA seja semelhante à Tua:
um doar constante de Justiça e um sofrimento que nos inunda de Alegria!
Que o Teu Amor comande a nossa vida e
nos faça viver num disponibilizar constante do nosso tempo
para servirmos aqueles de quem, até, nem gostamos tanto!
Hoje, Senhor, ressuscita no peito de cada um de nós o AMOR de Te encontrarmos no coração de cada homem!


Inunda-nos com a certeza de que sabemos, muito bem, onde Te pusemos…
Onde é o auge da montanha da Felicidade, onde agarramos a Tua Cruz e caminhamos ao sabor da Tua VIDA
como balões coloridos e libertos no ar que partilham sorrisos!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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