Há muitas coisas na vida que me fazem sentir verdadeiramente amado.

De palavras a atos existem imensas coisas que me fazem sentir vivo, mas este Deus fugindo, como sempre, à normalidade atua de forma diferente.

Todos nós, crentes, bem sabemos que Ele atua de forma discreta e bastante silenciosa. E a prova disso é que o mundo muitas vezes não O reconhece. Não O sente, nem O pressente, mas há algo na Sua manifestação que a mim me deixa completamente caído por Ele.

Gosto de lhe intitular como "arrepio divino". Já O sentiram deste jeito?

Não existe uma fórmula para que Ele nos arrepie com a Sua presença e nem se trata de um mero arrepio que nos deixa em "pele de galinha". 

É um arrepio interior. Um daqueles arrepios que nos estremece por dentro e que ao mesmo tempo nos vai consolando o coração.

É um daqueles arrepios que nos inquieta e que nos faz ir muito mais além. É um daqueles arrepios que fica para sempre marcado no nosso coração.

Podemos sentir imensos arrepios enquanto choramos, enquanto ouvimos música ou até mesmo quando somos tocados por alguém que amamos, mas nenhum se equipara àquele que surge quando dirigimos o nosso olhar para o alto.

Nenhum se equipara àquele que surge quando em profundo arrependimento dirigimos todo o nosso ser para o Deus da Vida.

Nenhum se equipara àquele que surge quando, sem termos nada para apresentar, estamos somente junto do Seu Santíssimo Corpo.

Não há arrepio que se equipare àquele que surge quando sentimos na nossa vida a magnitude da Sua misericórdia e o do Seu amor por nós.

Tenhamos a coragem de no silêncio das nossas vidas deixarmo-nos arrepiar pela Sua palavra.

Tenhamos a coragem de na contemplação da nossa oração deixarmo-nos arrepiar pela Sua compaixão.

Tenhamos a coragem de no meio de tanto pecado deixarmo-nos arrepiar pela Sua constante entrega.