​Felizes os que vivem o dia de hoje

Crónicas 19 agosto 2017  •  Tempo de Leitura: 2

Quase todos buscamos fora de nós as razões para a nossa esperança, as forças para a nossa paciência e o sentido para o nosso amor. Somos capazes de quase tudo na procura do que julgamos ser o tesouro mais importante da vida.


Como se o nosso mundo interior não fosse mais do que um monte de lixo sem valor.

 

Dias e noites passam, invernos e primaveras, e os nossos olhos e ouvidos parecem estar apenas atentos aos vazios e às distâncias de onde, de repente, acreditamos, surgirá a resposta, o porquê e o para quê da nossa existência.

 

Não vemos tudo o que é simples e está à nossa volta, nem escutamos o que trazemos dentro de nós. De que vale conquistar o mundo inteiro quando nos perdemos a nós mesmos?

 

Não devemos deixar que o nosso coração se endureça, a nossa razão cegue nem a nossa vontade se acobarde.

 

Viver longe de nós mesmos, no espaço ou no tempo, procurando ser quem não somos, é sermos infelizes por opção.

 

Aqui e agora há razões, forças e sentido para a nossa existência. Assim os saibamos reconhecer e assumir com humildade e ousadia.

 

A nossa esperança depende de nós, a coragem da paciência depende de nós, o sentido para o nosso amor depende de nós. Somos livres e chamados a decidir. Não temos de encontrar uma solução escondida, mas construir uma, a nossa, única e autêntica.

 

A felicidade que persegues só a conseguirás alcançar quando te encontrares com o que tu mesmo és.

 

Felizes os que não desanimam quando tudo parece perdido, e trabalham no dia de hoje para cumprir a missão que escolheram.

 

Felizes os que sabem que é do pouco que podem fazer hoje que depende a sua felicidade.

Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

Subscrever Newsletter

Receba os artigos no seu e-mail