​A família ou uma carreira? A família

Crónicas 11 agosto 2017  •  Tempo de Leitura: 2

A liberdade individual deve ser respeitada. Mas por mais irresponsável que alguém seja, cabe sempre a cada um arcar com as consequências das suas escolhas.

 

A família ou uma carreira? Para muitos não há opção. Alguns não têm família, outros estão desempregados. A maior parte tem de conjugar as duas, mas a verdade é que, desde há alguns anos, só em casos raros e passageiros se consegue um perfeito equilíbrio.

 

Família e carreira exigem tudo, cada uma para si, sem concederem grande espaço à outra. Trata-se de uma dupla exclusividade que é, por si só, um paradoxo: a simples coexistência da família e de uma carreira é já motivo de uma escolha impossível, porque a inevitável tentativa de conciliação é sinónimo de um duplo fracasso.

 

Quem trabalha e tem uma família vive com sacrifícios permanentes e culpas duradouras.

 

Outros têm uma família com vários problemas, que se agravam por falta de tempo ou atenção para cuidar deles. Tudo piora e torna-se cada vez mais cómodo estar longe… e piora ainda mais…

 

Para ser valioso é preciso ser útil. Muitos pensam que o seu valor depende do que têm, da sua carreira ou da posição social que ocupam. A esmagadora maioria de nós defende que nada há mais importante do que a família, porém depois apenas nos empenhamos a nível profissional, deixando a família para os tempos livres… ou, de forma ainda mais simples: para depois.

 

Talvez importe que cada um de nós pense bem na sua vida e nos objetivos a que se propõe, sem ingenuidades. A carreira é importante, mas apenas e só enquanto instrumento ao serviço de um outro fim.

 

A família exige tudo, quase sempre em troca de nada… mas só aí se pode ser feliz.

Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

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