A sinfonia de Deus

Crónicas 23 junho 2017  •  Tempo de Leitura: 2

«Faz-nos peregrinos 

que no visível escutam

a secreta melodia do invisível.»

Pe. José Tolentino Mendonça

 

Precisamos de caminhar. Precisamos, definitivamente, de ir. De ir em busca deste Deus que tem um idioma muito próprio.

Um Deus que tem um dialeto com uma pronúncia quase não notória. 

Um Deus que tem uma linguagem silenciosa e quase discreta, onde apenas se revela na simplicidade daquilo que vemos.

Não é um Deus de grandes fachadas, nem de grandes palestras.

Não é um Deus mágico, nem cheio de importância.

É um verdadeiro maestro. O único que conseguiu fazer a mais bela das melodias da nossa vida.

Foi ele quem criou a sinfonia do amor. Uma sinfonia em silêncio maior. 

Sim, um silêncio bem profundo. Bem inquietante e desafiante, mas Ele deixou tudo pautado. Tudo tem o seu compasso e a sua batida. Não há sustenidos que nos façam carregar no mute, nem que nos façam querer percorrer a escala da vida sozinhos.

É ele o maestro da vida. E a única vareta que ele tem não é para realizar ilusões, mas sim verdadeiras aparições.

É quando Ele aparece que o concerto da nossa vida se inicia. É aí mesmo que as cortinas se abrem para que tudo possa ser escutado. É a Sua palavra. É a Sua Boa Nova. É a Sua Boa Notícia que não passa despercebida nem ao mais descrente. 

É quando Ele aparece que percebemos que caminhamos na direção certa. 

É preciso peregrinar. É preciso caminhar na certeza de que o invisível será sempre fundamentado pela maior de todas as melodias.

O invisível estará sempre presente nas notas que este maestro coloca na partitura das nossas vidas.

Nasceu em 1994. Mestre em Psicologia da Educação e do Desenvolvimento Humano. Psicólogo no Gabinete de Atendimento e Apoio ao Estudante e Coordenador da Pastoral Universitária da Escola Superior de Saúde de Santa Maria. Autor da página ©️Pray to Love, onde desbrava um caminho de encontro consigo mesmo, com o outro e com Deus.

 

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