III Advento: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro...»- Ano A

Crónicas 14 dezembro 2019  •  Tempo de Leitura: 4

“Para que na Igreja inteira, nesta Diocese e nas suas paróquias,
se anuncie a Boa Nova a toda a gente, e o Espírito faça florir cada deserto…”
O Compromisso de todo o Cristão é Evangelizar!
É fazer desabrochar a alegria no seio de qualquer perturbação.
É usar as mãos para edificar o bem e semear o Amor.
É ter coragem para abraçar quem vive na dor e na angústia.
É Ser Esperança…e é saber esperar, com paciência, o SENHOR!

 

Gostamos de cor e de flores… de diálogos intensos e sentidos… de sorrisos e gargalhadas.
A certeza de que tudo será bom e de que no deserto há um oásis, afaga-nos a esperança:
«Voltarão os que o Senhor libertar,
hão-de chegar a Sião com brados de alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto.»
A luz invade-nos o peito para renovar a coragem de observarmos nos outros,
tudo o que queremos que o Senhor da Vida nos perdoe:
«Não vos queixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados.»
Somos como canas agitadas pelo vento que quando abrem os olhos à voz de Deus, cantam com Fé e alegria:
«O Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva e entrava o caminho aos pecadores.»
O Espírito Santo faz de cada coração humano seu abrigo, seu berço… O que há a temer?

 

Hoje, a Liturgia do III domingo do Advento compromete a nossa vida na alegria permanente que devemos emitir.
O desafio é ser como Aquele que todos esperam…
É ser «…bem-aventurado (…) e não encontrar em Jesus, O Cristo motivo de escândalo»
É ser na humildade o maior de todos os viventes e saber que seremos «(…)o menor no reino dos Céus».
É ser Profeta para anunciar a Boa Nova a este mundo, que conhece o Menino Deus e se afasta da Sua Luz!
É ser Baptizado e apertar o próprio coração com toda a força,
para que dele brote a Esperança para todos os que andam perdidos, sozinhos, cansados…

 

O Natal está a chegar!
Ouve-se em todas as emissoras de rádio, em todos os canais televisivos, anuncia-se nas redes sociais…
Começamos a azáfama e a procura desmedida das prendas, para fazer aqueles que amamos mais felizes!
O que não se escuta é o nosso coração! Nem Aquele que o faz bater…
O que não procuramos é a calma e o silêncio de uma família unida que cumpre o compromisso do seu baptismo…
Ficamos menos felizes e mais insatisfeitos, porque “passou o dia, passou a romaria”, e não nasce o fruto da terra!

 

O que te faz feliz, afinal?
O Senhor trará uma chuva primaveril que nos aquece a alma e
nos faz querer ser mais do que um deserto, mais do que terra seca, mais do que o stress das compras…
O Mestre fita-nos com Aquele olhar singelo e penetrante de um bebé, que nos sorri do Berço…
Fica calado e no nosso coração há um apelo que estremece a pedra que nele habita:
«Ide contar a João o que vedes e ouvis:
os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem,
os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres.»

 

A palavra de ordem para HOJE, não é esperar o Senhor!
O Menino Jesus já habita entre nós. Eis a Boa Notícia!!!
A Tua Missão é ir contar ao João… e não te prendas ao nome! Aproveita e diz à humanidade inteira:
“O Senhor vem, de novo, trazer a Esperança com vigor!
Vem acender a coragem que apagaste durante o ano que passou! Vem e quer-te, profundamente”
Vai e rejubila… O Senhor «é rei por todas as gerações.»
Sê desbocado! Anuncia! Evangeliza! Sê mensageiro de Amor e Esperança!
Arrisca e… Compromete-te!!!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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