XXVI TC: «Havia um homem rico [...] e um pobre, chamado Lázaro...»

Crónicas 28 setembro 2019  •  Tempo de Leitura: 5

Caridoso… Quem será verdadeiramente caridoso?
Caridade…O que será que temos de fazer para que a caridade exista?
Caridosamente… Como será que devemos e podemos viver caridosamente?
Ser caridoso não é algo que remota à condição de carteira recheada.
Nos dias de hoje, há uma onda fresca de associações e de iniciativas para que a caridade seja implantada.
Se tiveres boa vontade e se quiseres…
Se aceitares caridosamente ajudar quem quer que seja, serás Rosto de Cristo na Terra!

 

Quantos já profetizaram sobre o Serviço e o Amor ao próximo?
«Ai daqueles que vivem comodamente em Sião e dos que se sentem tranquilos no monte da Samaria…»
Já imaginaste se Deus adoptasse o lugar de mero espectador na nossa vida? Se fosse mudo, cego, surdo…
«O Senhor faz (…) O Senhor ilumina (…) O Senhor levanta (…)o Senhor ama (…)
O Senhor protege (…) ampara (…) O Senhor reina…»
O que seria de ti, de mim, de cada um de nós, se não tivéssemos uma Missão confiada pelo Senhor da Vida?
«Tu, homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão.
Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado
e sobre a qual fizeste tão bela profissão de fé perante numerosas testemunhas.»
Seríamos como vivos de coração ausente! Belos corpos, com finas roupas, que vagueiam errantes pelo mundo…
sem norte nem sul… sem eira nem beira… sem caminho a percorrer, porque não sabemos para onde ir!!!

 

Hoje, a Liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum, do Ano C, consola e renova o nosso peito!
O Evangelista S. Lucas semeia no trilho da nossa vida,
com o maravilhoso relato da Parábola do rico e do pobre Lázaro:
«… o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão.
Morreu também o rico e foi sepultado.»
aquela Esperança de que o sofrimento aqui nesta terra é passageiro e tem fim:
«Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males.»

 

A pior falha humana é a omissão!!!
Contra o: “Não sei o que posso fazer…”; o “Não posso mudar o mundo…” e o “Sozinho não sou capaz…”
lembra-te do rico que ignorou o sofrimento de Lázaro e muda o discurso para:
Já sei o que vou fazer!”; “Quero mudar o mundo!” e “Sou pioneiro!”
Usa-te e abusa-te! Não pares… não te deixes dormir… não fiques com macacos no sótão e medos sem sentido!
És Filho muito amado de Deus e o que te faz chorar hoje, fará de ti um Baptizado pronto a partir em Missão.

 

Se o rico tivesse partilhado um pouco do seu pão, o sofrimento de Lázaro teria sido apaziguado.
Decerto, no Reino dos Céus, «Lázaro, iria molhar em água a ponta do dedo e refrescaria a língua do rico…»!
Apesar do abismo que separa o Bem do mal, a caridade sai sempre vencedora,
porque o nosso coração bate por aqueles que, humildemente, nem que seja por um escasso segundo,
nos mergulham na esperança de viver um bocadinho mais e dignamente neste mundo frio e solitário.

 

Está atento!!! Escuta o que o Livro Sagrado te ensina e REALIZA com AMOR
o mandamento que o Nosso Senhor Jesus Cristo te revela a cada dia do teu escasso viver!
Achas que alguém poderá erguer por ti o que o Senhor te confia?
É a TUA MISSÃO… é para ti! Eu posso ir ao teu lado, mas és tu quem tens de dizer:
SIM! Eu aceito o Teu chamamento! Envia-me! Eis-me aqui!”…
És tu quem tem o poder de concretizar! És tu quem pode colocar o sorriso na face de alguém
e tornar o mundo desse alguém num jardim colorido e perfeito!
Sê caridoso… A Caridade é um dos caminhos que te leva à felicidade!
Já decidistes? Quem queres ser? O rico sem nome ou o Pobre Lázaro? Quem será que vive mais intensamente?

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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