XXI TC:​​«Senhor, são poucos os que se salvam?»​​-Ano C

Crónicas 24 agosto 2019  •  Tempo de Leitura: 4

Singular… é Ser único.
Singular… é não Ter comparação.
Singular… é sobressair na humildade dos seus gestos.
Por vezes, interrogamo-nos o porquê que escolhem algumas pessoas e não somos os escolhidos…
A resposta está aqui: é preciso ser diferente de tudo e de todos,
edificar algo nunca visto e brilhar para iluminar os olhos dos outros!

 

Essa Missão não é para todos…
é para quem quer ser salvação (Ser sinal que indica o caminho correto a seguir):
«Eu lhes darei um sinal e de entre eles enviarei sobreviventes às nações:
a Társis, a Fut, a Lud, a Mosoc, a Rós, a Tubal e a Javã, às ilhas remotas que não ouviram falar de Mim
nem contemplaram ainda a minha glória, para que anunciem a minha glória entre as nações. 
É para quem quer salvar (Ir ao encontro de quem sofre e levar alento):
«Ide por todo o mundo, anunciai a boa nova.»
É para quem quer ser salvo (Agir para que o mal não vença):
«…levantai as vossas mãos fatigadas e os vossos joelhos vacilantes e
dirigi os vossos passos por caminhos direitos, para que o coxo não se extravie, mas antes seja curado.»

 

A Liturgia deste 21º domingo do Tempo Comum apresenta-nos um só caminho, é singular:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.»
Só que não é de fácil perceção a localização da porta, nem a forma como conseguiremos entrar nela!
Até encontrarmos um pequeno grande pormenor no Evangelho:
«Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.»
Aqui está a chave para abrir a porta:
não praticar, nem conviver, nem aceitar, seja qual for a forma ou o feitio, que a maldade possa ter!
Essa semente do mal cresce em forma de injustiça para com os mais fracos e oprimidos.
Todos os que conhecem a Palavra de Deus, a Sua vontade e o Seu projeto,
quando aceitam fechar os olhos e se desviam do caminho, da verdade e da vida, que é Cristo,
negam a sua condição de Batizados, de Filhos de Deus, e «Aí haverá choro e ranger de dentes»!

 

Quando possuímos algo belo, não é a nossa maior vontade mostrar ao mundo tal rara beleza? Claro que SIM!
Então, por que será que escondemos o conhecimento que temos sobre quem é Deus na nossa vida?
É o Senhor criador de tudo, e de todos, quem nos escolhe para vivermos em liberdade total.
Como nos ama como um Pai, nunca nos abandona!
Muito menos nos momentos mais duros do nosso viver, onde a dúvida:
“Onde estás, Senhor?” cai sobre a nossa cabeça e testa o pulsar do nosso coração…
Do meio do nada, a Palavra vem e resgata-nos:
«Qual é o filho a quem o pai não corrige?
Nenhuma correcção, quando se recebe, é considerada como motivo de alegria, mas de tristeza.»
Então, a tormenta passa e a bonança fortalece-nos! Erguemos a fronte e rumemos à Glória do Pai!
O Senhor Jesus ensina-nos que não basta conhecer, conviver, alimentar o nosso relacionamento com o Pai;
é preciso levar esse Amor que nos abastece o peito, que nos carrega as baterias, pelo mundo fora.
É preciso semear a Palavra até na terra árida e seca… É preciso partilhar, mostrar aos quatro cantos do mundo,
a beleza singular que nos habita: o Nosso Deus firme, misericordioso e fiel!

 

Queres a chave para abrir a porta estreita?
Não fiques parado, nem te contentes com a condição de Filho de Deus… Nem penses que Ser Baptizado basta…
Aquele que ama o próximo, que faz o Amor crescer à sua volta, mesmo sem professar a nossa Fé,
terá acesso à chave antes ti… Sê Singular! Anuncia e trilha o caminhoda Justiça e da Paz!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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