Há em mim uma casa onde vives!

Crónicas 5 julho 2019  •  Tempo de Leitura: 2

Parece que escolheste habitar num lugar pior do que mereces. Obrigado por me aceitares e por me amares, por tomares o meu coração como um bom lugar para ti.

 

Esta tua presença em mim é uma fonte de paz e esperança. Desde que moras em mim, sinto-me mais forte, valioso e feliz. Obrigado por me deixares acolher-te e amar-te, apesar de eu não ser ainda melhor do que tenho conseguido ser.

 

A tua fé em mim leva-me a acreditar que sou capaz de fazer tudo a partir do nada. Afinal, tu escolheste-me e isso é uma espécie de milagre espantoso, que me leva a ter dúvidas fundamentadas sobre todas as lógicas.

 

Quando me sinto amado – e tenho quase a certeza de que o sou o tempo todo, apesar de serem muitas as vezes em que julgo que não – aproveito os momentos todos e não me inquieto, porque sei que não sou um eu, mas sim um nós.

 

O amor faz-me renunciar e distanciar de qualquer tempo e lugar concretos. Vivo acima e dentro de tudo, não nas superfícies – que são sempre passageiras. Quando amo, sou um peregrino a caminho de casa. Por entre desertos, mares, cidades e labirintos.

 

Ao longo dos meus dias, quando estou mais longe de ti, compreendo que os que estão ali mais próximo são, na verdade, os mais distantes e estranhos… nesses momentos, sinto a saudade que é a certeza de que os que estão longe são os mais próximos.

 

O que mais importa não é o que chega a mim, mas como eu o recebo. E eu aceito, de braços bem abertos, cada gesto e suspiro teu, não por serem perfeitos, mas por serem teus. Porque te admiro e quero ser melhor, como tu.

 

Apesar de viveres no meu coração, é em ti e para ti que vivo.

 

Tu és a minha casa.

 

Amo-te, mistério e sentido da minha vida.

 

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Artigos de opinião publicados no site da Agência Ecclesia e Rádio Renascença.

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