Ascensão do Senhor: «… erguendo as mãos, abençoou-os.»-Ano C

Crónicas 2 junho 2019  •  Tempo de Leitura: 5

Hábito… perdemos o hábito de receber a bênção dos mais velhos!
Hábito… mudam-se os tempos; mudam-se as vontades e os hábitos!
Hábito… não! Não é o hábito que faz o monge, mas identifica-o como o tal!
Quando alguém diz que nos abençoa… soa estranho e até surge na nossa cabeça: “Para quê?”
Sentimos o mesmo quando nos falam que antigamente era muito importante a ida à Eucaristia em família…
Nos nossos dias, vamos em família passar férias ou caminhar.
e depois… vem a história do monge! Quem são os monges? Terão um site porreiro na Internet?
Ou são daqueles que tocam música Cristã com bateria e com guitarra eléctrica?
Tudo isto é a evolução dos tempos! É a mudança dos hábitos! Será que estamos prontos?

 

Jesus, também veio mudar os Tempos… Veio para agitar e para renovar o que estava parado,
o que não tinha sal nem pimenta… o que estava perdido e carecia Salvação, com uma Revelação bombástica:
«Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade;
mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra»
Mas, nunca deixou de dar importância ao que já estava edificado e bem firme na Palavra de Deus.
Jesus veio e deu provas de que os Profetas falaram do Messias e a promessa do Pai fez-se Carne:
«Por entre aclamações e ao som da trombeta, ergue-Se Deus, o Senhor. »
Para quem acredita na Ressurreição, para nós que aceitamos ser o corpo da Igreja, onde O Cristo é a cabeça,
S. Paulo na sua carta aos Efésios, HOJE, é claro como a água que nos Baptizou:
«O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e
de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração,
para compreenderdes a esperança a que fostes chamados…»
Sim! Somos chamados a receber bênçãos e a mudar os hábitos conforme os tempos,
mas sempre a glorificar o Pai que nos deu o Filho e que por sua vez dá-nos o Espírito Consolador!

 

Hoje, a liturgia da Ascensão do Senhor, dá-nos vontade de anunciar que o Amor de Deus não está morto!
Aquela atitude dos Apóstolos perante a partida do Mestre é um sinal de Esperança:
«Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria.»
Nós somos a única Esperança que habita a face da terra neste século!
Eu e tu que aceitamos remar contra a maré e fazer render o peixe que Jesus nos legou:
«…que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações…»
Esta Misericórdia Divina para TODOS os cantos da Terra é o que queremos semear!

 

Não podemos olhar para o Céu sem contemplar a forma mágica das nuvens,
a beleza das cores do céu, quando tocam o mar e a imensidão do sol até no momento em que se deita…
É tudo obra do Pai que, terna e cuidadosamente, coloca este espectáculo à nossa disposição.
A mim e a ti O Salvador pede-nos, diariamente: «Ide e ensinai todos os povos…»
Mas, sabe que o medo pode apoderar-se do nosso peito, então promete-nos:
«Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.»

 

Hoje, a partida de Jesus para o Pai, só pode mudar hábitos e revestir-nos de Luz!
Eu quero usar o hábito de Baptizada e Ser Filha de Deus… Eu quero ser abençoada e tu?
Juntos não ficaremos parados e seremos Testemunhas de um Reino inquieto,
que aceita a mudança dos tempos,
com a certeza de que o passado é pedra fundamental,
que sustenta o futuro,
no Amor que o Messias, ao sofrer, veio Ressuscitar!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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