XIV Tempo Comum: «…começou a enviá-los dois a dois…» - Ano B

Crónicas 15 julho 2018  •  Tempo de Leitura: 5

Acatar a ordem de alguém, faz de cada um de nós criaturas submissas!
Os pais mandam nos filhos e os avós mandam nos pais.
O professor manda no aluno e o ministério de educação manda no professor.
O chefe manda no trabalhador e o patrão no chefe.
Há sempre alguém acima de alguém…
e seria bom (muito bom) que todos tivéssemos a certeza que esse Alguém é Deus… UM só Deus verdadeiro e único!
Este princípio básico, a cada dia que passa, está em constante mudança (infelizmente).
São os netos que fazem birras aos pais; os pais que desacreditam os professores;
os trabalhadores que não gostam do que fazem…
e todos os baptizados esquecem-se completamente da missão para a qual estão talhados: anunciarem a Boa Nova!

 

Durante séculos a humanidade luta contra a injustiça e contra a falta de direitos do ser humano.
Neste momento precisamos de lutar contra a falta de DEVERES de cada um de nós…
Achamo-nos donos da verdade, achamos que somos superiores uns aos outros…
Somos incapazes de viver segundo o preceito: «Ele nos predestinou, conforme a benevolência da Sua Vontade…».
e afastamo-nos do«mistério da SUA VONTADE»!
Deus já não é o topo do mundo… revoltamo-nos contra todos os que sentem que:
«Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis e a quantos de coração a Ele se convertem. 
A sua salvação está perto dos que O TEMEM e a sua glória habitará na nossa terra.»
Intitulamos esses nossos irmãos de “totós” e viramos as costas a tudo e a todos
que nos possam DAR Palavras de Paz, de simplicidade, de submissão e obediência!

 

Hoje, a liturgia do 15º domingo do Tempo Comum, do Ano B,
talha-nos um caminho de serviço e desprendimento: «…não levassem duas túnicas.»
Uma estrada que nos marca com o seu pó: «…calçados com sandálias…»
Um percurso que não permite: «…pão, nem alforge, nem dinheiro…»
Uma vida que nos faz BEM e onde os deveres são os nossos maiores direitos:
«Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios,
ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.»

 

É praticamente impossível viver assim!
Os filhos da nossa sociedade actual não sabem o que é ter pouco e oferecer o pouco que têm.
Essa não é a nossa herança. Queremos que o mundo de amanhã seja GRANDIOSO.
Agarramo-nos às tecnologias e amamos o que não tem cheiro, o que não tem cor, o que não tem temperatura…
Rimos para a televisão, para o telemóvel e não falamos com quem vive ao nosso lado e,
muitas vezes, nem trocamos palavras com quem partilha o mesmo tecto que nós!

 

A tua missão de Evangelizador começa aqui (na tua casa, na tua rua, na tua cidade) e agora (HOJE).
És Baptizado pelo Espírito Santo…
é Dele que te vem a força e a coragem para resgatares aqueles que vivem soterrados
pelas vozes escuras e frias deste mundo!
Então, o que fazes parado? «Vai profetizar ao meu povo de Israel!»
É o teu dever levar a todos esta forma estranha de vida que Jesus despertou no nosso peito.
Vive a Esperança! Respira o Amor! Encanta o mundo com o bastãoque carregas nas mãos e,
te afasta da indiferença para te aproximar da caridadee da Santidade!
TU ÉS no mundo Milagre da Vida e da Fé que habita em ti para salvar a humanidade.
Não tapes os teus ouvidos à missão: VAI! Faz-te à estrada e ergue pontes
para que aqueles que caminham atrás de ti sejam capazes de amar, como tu és por Deus amado!

 

Vai… Faz a diferença! Tens o direito de com gestos e atitudes diárias, espalhares amor por onde passas!
Acata a ordem Divina como o Filho primogénito acatou!  VAI!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

Subscrever Newsletter

Receba os artigos no seu e-mail