XI Domingo do Tempo Comum - Ano B

Crónicas 16 junho 2018  •  Tempo de Leitura: 4

Haverá maior beleza para contemplar que a história da semente?
O grão pequeno e sem sentido… que não respira…
que não é frio nem quente… mas que gemina e dá gente!
Histórias antigas contam que sem este humilde ser,
o mundo seria deserto, e impossível sobreviver!
Não sabemos se foi o homem quem pediu a Deus
a sua maravilhosa criação…
Apenas sabemos que a terra é mãe
que acolhe a semente no seu coração!
Como qualquer sementinha boa e capaz de amar,
morre para dar fruto… morre, em todos os sentidos,
para ser majestosae a TODOS abrigar!

 

A ideia de ser uma árvore bela fascina-nos.
Nos dias de verão a sua sombra é acolhedora e fresca.
No outono a sua folhagem veste-se de cores fortes e quentes que nos fazem brincar com o vento,
que carinhosamente sopra para as fazer cair e reveste o chão frio à sua volta com o habitual crick crack.
No inverno a sua nudez não nos espanta nem nos incomoda.
Pelo contrário… Desperta-nos a Esperança de que a primavera está próxima
e uma nova folhagem mais firme e forte está para chegar!

 

A maravilhosa obra Divina deslumbra os nossos olhos
e mesmo assim, permanecemos indiferentes e esquecemo-nos do quanto:
«É bom louvar o Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo, 
proclamar pela manhã a vossa bondade e durante a noite a vossa fidelidade.»

 

A Liturgia do 11º domingo do Tempo Comum, do Ano B,
atira-nos para cima da mesa um projecto que podemos abraçar!
«A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga.»
A nossa missão é confiar inteiramente no Deus que nos dá a vida, e colher o fruto abundante e saboroso!
Na nossa mão está a foiceque nos faz partilhar o pouco que temos, com aqueles que podem ter muito,
e não sabem o que é ser: «grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta!»

 

Se Jesus falasse HOJE aos jovens,
diria que o Reino dos Céus é semelhante a uma Pen Drive,
que ocupa ¼ da palma da nossa mão
e tem a capacidade de armazenar 8 GB
de informações importantíssimas, para @ um de nós…
Perder uma Pen, nos nossos dias, é perder trabalho árduo ou perder memórias que nos inundam de felicidade…

 

Pertencer ao Reino de Deus é um doar constante e sem condição.
O Reino de Deus semeia no peito de cada um de nós uma felicidade própria de quem abraça o Evangelho,
do Cristo que falava em Parábolas, do Messias que nos ligava à terra com sementes, do Salvador que morre e
se transforma no Cedro do Líbano, que habita bem no cima da Montanha, onde Deus o plantou!

 

Vamos edificar um campo de árvores fortes,
onde «…todas (…) hão-de saber quem é O Senhor!» Onde«…caminhamos à luz da fé e não da visão clara!»
onde amamos a semente pequena e humilde que nos deu o SER…
onde o Reino dos Céus é a Penque não queremos jamais perder!

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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