«…soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo…»

Crónicas 19 maio 2018  •  Tempo de Leitura: 5

Ei!!! Está Alguém desse lado? Alguém que me escute e me compreenda?
Alguém com um entendimento do tamanho do mundo e uma paciência magistral?
A resposta está dentro de cada um de nós…
Não é fácil encontrá-la! Mas, vamos tentar, ok? Vamos a isso…

 

Respira fundo!
Enche os pulmões de ar como se fosse o último ar que existe no planeta.
Sentiste?
O teu peito abre-se, e o corpo navega em águasprofundas, como se estivesse a entrar em harmonia total!
Há uma brisa que te cobre o rosto e te refresca, para te aquecer sem que te apercebas,
sem que alteres o teu respirar! Abre os braços… fecha os olhos… e se estás sentado, levanta-te!
Ainda estás no mesmo lugar?
Então, mexe-te! Procura o melhor lugar ao sol e abastece a tua vitamina “D”…
D” de Dons e dons só do Espírito! Do Espírito Santo, claro!!!!

 

Hoje, a liturgia conquista a nossa vida com factos reais (relatados por S. Lucas nos actos dos Apóstolos)
que nos arrancam do peito o ressentimentode qualquer falha de comunicação,
e nos faz calçar as sapatilhasdo Amor e do Perdão!
Jesus dá-nos a dica: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós»
e como «Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor» a não ser pela acção do Espírito Santo.»
nós agarramos essa Paz e pedimos: «Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra.»
Queremos muito sentir «a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam.»
e se conseguíssemos ver«aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo,
e poisou uma sobre cada um deles»
seríamos infinitamente felizes!

 

De que nos vale o tempo e a vida, se não somos capazes de correr para fazer sorrir alguém que nem conhecemos?
Nada vale! E… morremos sem viver o melhor que a vida tem para nos apresentar!
Toma as rédeas do teu coração e entrega-as, inteiramente, à luz daquele Espírito que te obriga a correr parado!
Aquele que 50 dias após a Ressurreição do Cristo (Pentecostes) torna-se, novamente, visível aos olhos humanos.
Aquele que soprou no coração do teu pai para te formar no ventre da tua mãe.
Aquele que te deixa de boca aberta com tudo o que TU consegues fazer, quando confias Nele…

 

Não duvides de ti próprio nem da tua condição de “casa” do Espírito Santo de Deus.
És vida! És Amor! És sabedoria pura e sadia sempre que inalas um raio de sol e,
ficas parado a contemplar o mistério da vida, que não tem explicação, mas vem cheiinhode Fé!
Liberta-te do cansaço que o teu pensamento constrói à volta do teu coração.
Não tentes decifrar a lógica divina do Amor por TODOS, bons e maus, pois o que é bom para ti é mau para mim…
Liberta-te!
Acredito que estás a pensar:
É fácil falar… é fácil escrever… quero ver-te a fazer!”
Enquanto pensas, alimentas ferozmente o teu cansaço!
Faz algo por ti e desperta essa sementinhade Esperança…
é tão pequenina que já nem te lembras dela, pois não?
Desde o dia do Teu Baptismo que ela vive em TI, vive de TI e quer-Te só a TI!
Não são os outros, muito menos eu, que a fazem sorrir, que a fazem sonhar, que lhe dão a vida!
És TU! Eu alimento a minha sementee tu a tua, que como a minha,
está à espera que respiremos fundo e que as encontremos, para libertá-las…
Nesse momento, as línguas de fogo serão visíveis bem em cima da tua cabeça e da minha…
Juntos, beberemos do mesmo Espíritoe«…constituímos um só Corpo!»

 

Então… Vens apanhar sol comigo?

Liliana Dinis

Cronista Litúrgica

Liliana Dinis. Gosta de escrever, de partilhar ideias, de discutir metas e lançar desafios! Sem música sente-se incompleta e a sua fonte inspiradora é uma frase da Santa Madre Teresa de Calcutá: “Sou apenas um lápis na mão de Deus!”
Viver ao jeito do Messias é o maior desafio que gosta de lançar e não quer esquecer as Palavras de S. Paulo em 1 Cor 9 16-18:
«Porque, se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: ai de mim, se eu não evangelizar. (…) Qual é, portanto, a minha recompensa? É que, pregando o Evangelho, eu faço-o gratuitamente, sem me fazer valer dos direitos que o seu anúncio me confere.»

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