Paz como caminho para a felicidade

Crónicas 29 janeiro 2018  •  Tempo de Leitura: 2

A vida fica mais simples quando nos deixamos povoar pela paz, quando percebemos que a paz pode ser o nosso estado de espírito em cada momento. Podemos revoltarmo-nos, amar, estar alegres e tristes e ainda assim permanecer povoados de paz. Paz não é somente um estado de espírito mas sim o caminho por onde devemos caminhar em cada dia. Viver em paz e serenidade é viver aceitando o que nos vai aparecendo em cada momento. É agradecer genuinamente por aquilo e aqueles que Deus coloca no nosso caminho mesmo que não seja o que pensávamos, o que esperávamos e que inicialmente nos incomode. Percebamos que se apareceu na nossa vida é porque tem uma aprendizagem a deixar-nos.

 

O melhor da vida é amar, ser amado e viver alegremente em paz. Então, porque demoramos tempo na revolta, na raiva, no ódio e na vontade de traição? Porque tantas vezes seguimos ignorando todo o caos que vai na nossa cabeça? Ousemos parar dando voz e corpo a todo esse ruído. Ousemos dar espaço a tudo o que nos incomoda. E, encarando-o de frente perguntemos-lhe: porque me incomodas tanto? porque me sinto revoltada, enraivecida? que me queres dizer? que tenho de aprender? que tenho de aceitar?

 

Façamos perguntas. Permitamos revoltar-nos. Permitamo-nos sentir. Só sentindo podemos expurgar tudo o que nos afasta da paz. Demos espaço ao ruído. Demos tempo de antena ao que nos incomoda. Demos palco às nossas revoltas. Façamo-lo escrevendo, cantando, pintando, atuando ou simplesmente vivendo. Façamo-lo ao nosso jeito. Façamo-lo!

 

Só quando perdemos o medo das nossas trevas e as assumimos como parte de nós é que as podemos suavizar e caminhar para a paz. O caminho da paz não torna a vida mais fácil, torna-a mais simples e faz de nós pessoas mais felizes e resolvidas. O caminho da paz não apaga as feridas, cicatrizes e defeitos, pelo contrário aceita-os a cada um e ousa tocá-los como São Tomé tocou nas chagas de Cristo. Precisamos de tocar nas nossas feridas. Precisamos de ouvir os nossos gritos. Precisamos de aceitar a nossa imperfeição. Só aceitando a nossa imperfeição podemos caminhar para a paz. Ousemos caminhar para paz. Ousemos deixar-nos povoar pela paz de Deus. Deixando-nos povoar pela paz de Deus aceitamo-nos, tal como somos, como sendo parte da natureza e deixamos que a vida, Deus e o amor fluam connosco, através de nós.

paula ascenção sousa. a minha religião é o amor. cresci católica, descobri-me missionária. acredito e vivo o amor sem rótulos, sem barreiras, para todx. vivo do amor,  por amor e com amor e para amar.

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